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Quarteira recupera festão tradicional

2018-04-01

A ideia partiu da Junta de Freguesia (JF) de Quarteira: recuperar a tradição das ruas engalanadas em eventos como o Carnaval, Santos Populares e a Festa de Homenagem à Nª Sª da Conceição. Com início em janeiro de 2017, o projeto reuniu gente de todas as idades na elaboração de um festão e de milhares de bandeirolas coloridas, que dão para enfeitar um percurso com mais de seis mil metros de comprimento.

Para cumprirem o objetivo, os cerca de três dezenas de voluntários que responderam ao desafio da Autarquia dedicaram várias noites de muitas semanas, para produzirem os adereços de cores garridas que enfeitaram a avenida marginal, onde milhares de foliões acompanharam os corsos carnavalescos de 2017 e deste ano. Das mesmas mãos saíram as bandeirolas e o festão decorado a branco e azul brasão que engalanaram ruas e embarcações durante as procissões no mar e em terra integradas na homenagem à Nª Sª da Conceição, Padroeira de Quarteira.

Preservar a tradição e promover o convívio entre os residentes nas diversas ruas da cidade, é o objetivo da JF, que disponibilizou uma sala do Centro Autárquico de Quarteira onde os voluntários preparam com antecedência os adereços feitos de corda e plástico para os diferentes eventos anuais.
Recuperada em 1988 mas rapidamente perdida nos anos seguintes, a produção dos ornamentos coloridos voltou assim a entusiasmar homens, mulheres e crianças, que querem trazer de volta o ambiente de competição saudável muito característica das festas populares de outros tempos em Quarteira. Razão que justifica aliás a colaboração da Autarquia, empenhada em apoiar as iniciativas da sociedade civil.

Para o Presidente da JF, Telmo Pinto, esta é uma forma de garantir a continuidade de uma tradição que enriquece o património cultural de Quarteira e, simultaneamente, estimular as relações interpessoais, condição primordial para a estabilidade social.
“Quarteira é muito rica em tradições e é essa abundância que nos distingue. Julgo que o poder autárquico não pode, nem deve, demitir-se da sua obrigação de preservar a identidade de uma Freguesia”, sublinha ainda Telmo Pinto.


VOLUNTÁRIOS QUEREM MANTER A TRADIÇÃO 

‘Apanhados’ de surpresa nos preparativos do festão que alegrou o corso carnavalesco deste ano, quatro dos cerca de 30 voluntários que se dedicaram à construção dos adereços revelaram ao Boletim de Quarteira as razões da sua participação nesta iniciativa.

Maria Edviges Silva-65 anos
“Sempre gostei de participar nas festas da minha terra e para mim é uma alegria ver o nosso trabalho exposto na rua. Antigamente quase todas as ruas eram enfeitadas, as pessoas mais velhas faziam os festões, as bandeiras e as grinaldas e toda a gente colaborava, tinham vaidade no que faziam, mas isso perdeu-se. Agora estamos a recomeçar e temos de incentivar as pessoas para voltarem a fazer isto.”

Célia Leote- 62 anos
“É importante colaborarmos nestas iniciativas porque gostamos de participar nas festas da nossa terra. Queremos que fique bonita e que não se perca a tradição. Vamos continuar, para não perdermos esta tradição que está em risco há já muito tempo. Eu participo desde janeiro de 2017 e estou muito contente pois é com muita alegria que podemos ver o nosso trabalho na rua. E sentir que conseguimos concretizar aquilo que idealizámos.”

Fernando Nunez- 57 anos
“Acho esta tradição linda. Ver como as pessoas dedicam tanto tempo a uma atividade tão nobre como é repor uma tradição que deixou de existir. Cria uma competição saudável entre as pessoas das diferentes ruas o que promove a amizade e o convívio como era antigamente. E é de louvar as pessoas que vêm para aqui durante a noite para trabalhar. Colaboro desde o primeiro dia e sinto-me muito feliz por poder participar.”.

Micaela Silva-30 anos
“Esta é uma tradição que não se deve perder. Ao participar fiquei a conhecer pessoas que não conhecia. Lembro-me que antigamente o festão era feito com uma erva que cheirava a hortelã, que se apanhava na Fonte Santa. Fazia-se arcos com palmeiras e bandeiras com sacos de plástico mas isso perdeu-se. Agora criámos este grupo de voluntários para recuperar a tradição e espero que tenha continuidade.”

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